quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Do Jeito Que Sou... Por Rômulo Soares Albuquerque

scrapeenet_moldura_20100218095545tjG2

Do Jeito Que Sou...

Por Rômulo SoaresAlbuquerque

A vida tem momentos difíceis; Eu sei; você também

Mas também sabemos que estamos sempre a reclamar

Isso não mudará os fatos nem como esses vão terminar

Também não estou dizendo para os braços cruzar

Apenas viver intensamente, sem tanta preocupação

Nada, nada é fácil; nada que valha pena o é.

Não tenho nem terei as respostas que tanto buscas

Porém creio sempre podermos mais

Quando desprovidos de medos e negativismos, mergulhamos de cabeça

Acertando, errando, jamais fugindo

Sabemos que cobranças insanas levar-nos-á ao nada

Ao vazio que conhecemos tão bem

Não sabemos como dele sair ou fazê-lo inexistir

Então rasgo as folhas do caderno enquanto desligas o PC

Cortamos a energia para ligarmo-nos em nós

Deixando aflorá-la de nossos corpos

Cheio de querer, desejo e muito, muito tesão

O certo é o errado perdido entre o pecado e o proibido

As leis desse novo código estão sendo escritas por nós

Cheias de de prazer, orgasmos e delírios.

Fazendo-nos um só, sem tempo, medos ou limite.

O querer mais é constante

Molhados de suor, ensopados de paixão

Em sorrisos entregamo-nos novamente

Sim, sou os extremos; confessa-me; isso a fascina

A lei é do querer mais; cumprimo-la de maneira exemplar

Viciados em carícias, sexo selvagem, com ternura e amor ou na transa pela transa

Sim, é gostosa, plena, assumimo-la, e daí?

Preocupações inexistem,

Fui, sou e sempre serei seu maior pecado

Fazendo com tires os pés do chão, sendo apenas quem sou

E quando tudo parece terminado, nos vemos novamente entrelaçados,

O que seria um replay somente,

Repete-se mais forte e intenso, melhor e bem mais prazeroso;

Inexplicavelmente como sempre fora.

O corpo cansado contrasta-se com o desejo infinito existente

E assim é, e será, quando nos tocamos

Aprendestes a amar-me como sou

Sou exatamente esse que vês; despido de máscaras e roupas.

Triste, irreverente, insano, louco por você

E sempre soubestes, desde a primeira vez que assim me querias

Exatamente assim, do jeito que sou.

                      Por Rômulo SoaresAlbuquerque

O PORTAL Por Rômulo Soares Albuquerque

scrapeenet_moldura_20100218094224va4A

O PORTAL

Por Rômulo Soares Albuquerque

Sem respostas continuo a olhar-te

O brilho de teus olhos reflete tua alma inquieta

Cheios de magia, sonhos e a utopia de uma pseudo realidade.

O relógio caminha lentamente; continuo a olhar-te em silêncio

Imagino-me aproximando-me de ti

Acariciando seu rosto rubro; beijando-a suavemente

Tudo tão simples, meigo, puro e verdadeiro

Assim, lembro dos sonhos pueris de outrora

Hoje, esquecidos em um homem maduro

Sabendo que ao seu lado tudo posso encontrar, menos felicidade

Encontros e desencontros entre mundos antagônicos e opostos

Só trar-nos-ia muita decepção

Nada está certo; muito menos errado

Cabe-nos viver aceitando a inexistência de algo verdadeiro e real

Somos intensos, insanos e iguais.

Sem tristezas ou nostalgias aceito as regras do portal

Sem cobranças, sem sonhos, sem finais felizes.

Um dia a cobiça fez-me a cabeça, confesso

Sentir-me desejado, quisto, amado, fora por anos mais que sonho; objetivos

Hoje tudo me é indiferente

A sedução e o magnetismo tornaram-se armas

Usando-as paulatinamente, sempre em autodefesa

Tudo é previsível e monótono

Perdeu a graça ou, quando a hora dessa chegara

Percebi a inexistência de um palhaço em mim

Em meu querer não estão paixões nem desejos,

Muito menos você

                        Por Rômulo Soares Albuquerque