Por Rômulo Soares Albuquerque
E serão lembranças eternas nossos beijos, carícias e loucuras...
Entregues por completos deixamo-nos levar pela imaginação fértil do outro....
Retratos, cenas, passagens traduzidas em momentos de um filme onde o erotismo, o romântico e o pornô pertenceram a uma misturam indecifrável do doce veneno chamado prazer.
Relógios e o tempo conspiraram como a parrar simultaneamente ou dia e noites se confundiam em uma constante na medida em que alternávamos o pulsar de nossos corações. Ereções não refletiam os níveis de prazeres por nós sentido, estando além.... Na verdade sentíamos está muito além...
E a brevidade dos momentos relâmpagos intercalando orgasmos, êxtases e delírios permitia-nos externar apenas a simplicidade de um sorriso a iluminar nossos rostos rubros, dando-lhes candura angelical. Palavras perdiam-se em suas brevidades; no vazio de suas essências perante tudo que estávamos a compartilhar. Quando aceitamos a irracionalidade de nossos corpos e a racionalidade de nossas almas obedecendo ao seu desejo e querer mais promíscuo, desprovido de falsos pudores, aproximamo-nos dos Momentos Mágicos, Eternos. Mas aceite a brevidade dos mesmos e não tolha meu voo, pois não sei para onde irei, nem mesmo se irei a lugar algum.
Sei, chamar-me-á de egoísta e... E talvez o seja.... Sim.... Talvez.... Mas é justamente esse egoísta que está a reivindicar. E talvez, mas só talvez, não tenha sido tão mesquinho quando priorizei teu prazer, quando completei teus desejos mais insanos com músculos, língua e tesão; e tu sabes que te dei muito além.... Entreguei-te o que em mim há de melhor... Você sabe que presente estive em ti por completo, sem medos, falsa promessa ou palavra dita ao vento. Mas parece que essa verdade, a minha verdade a incomoda e a faz chorar. Mas não lhes pedirei perdão... Não é isso que você busca de mim, em mim.... Quiçá compreendas que verdades não são constituídas necessariamente de certezas e que a vida feliz que sonhamos está mais próxima do que supomos, bastando viver cadenciadamente um momento por vez.
- Onde estarei? – A seguir o caminho que a estrada me leva... Suponho que essa estrada emane de meu querer não muito explícito, consciente e, não perca seu tempo esperando me ver sofrer... Ele é precioso demais para isso. Nem me procure entre bocas, olhares e lágrimas. Somos únicos... Cada ser é único e isso faz de cada um de nós especial. E ninguém terá teu gosto, tua maneira de gemer e sorrir com os olhos simultaneamente fazendo-me sentir intenso, pleno, vivo. E no futuro, no encontro de duas estradas aparentemente desencontradas em Pico Alto, quiçá reencontremo-nos e novamente faça-se o eclipse pelo tempo que durar. Mas faça a sua vida acontecer sem desse reencontro depender. Encontrar-lhe-ei plena de felicidade e, se dizer-me: “- não; desculpa, não estou a fim, é apenas momento, ópio e nada mais...” – Bem sabes que seguirei meu caminho entendendo-a e compreendendo-a... - Mas não farás isso... - Como sei? – Não sei; mera intuição; exatamente aquela que soube fazer de ti a mulher mais feliz de um planeta chamado Terra. Mas preste atenção: Intuição; nada, nada além...
Rômulo Soares Albuquerque