No Silêncio Do Querer !
Lembrei seus lindos olhos;
No teu silêncio; eles confessaram as respostas ansiadas pelo meu coração.
Estava atordoado; surpreso; perplexamente feliz...
O sentimento altruísta de paz e bem-estar tornara-se constante; evidente.
A expectativa do amanhã; a ânsia pelo hoje e a esperança do futuro sonhado;
Ali; naquele instante se fez.
Em tuas mãos, senti o calor pelo que não tinhas.
Tudo perfeito e tão insano;
Desencontros; desilusões e decepções.
Raiva daqueles que a fazem chorar.
Do pragmatismo em que encarcerastes tua vida;
Do medo dos sonhos; preferindo a sentença pré-anunciada;
À luta pelo sorriso espontâneo; doçura e simplicidade do amar.
Palavras não são tudo; perdem-se ao vento;
Mas podemos ouvi-las; mudando o caminho das águas.
Mas para isso tem-se que querer; ciente de a vida não oferece certezas.
Compreender que podemos ser felizes ao acaso.
Conscientes das limitações de nossas vontades reais.
Estando abertos às vontades que desconhecemos;
Porém em seu reflexo está quem realmente somos.
Nunca é tarde para se permitir uma chance; para se viver essa chance;
Acidentes e delitos acontecem por ação ou omissão;
Assim como nossa felicidade depende do que fazemos ou não.
Em meu silêncio encontrarás saudade.
Em meus braços sentir-se-á aconchegada.
Em meus olhos não te esquecerás da criança presente em ti.
Ela saberá confidenciar sonhos e frustrações com a minha; aqui existente.
Quando não mais restarem palavras;
Nossos lábios terão a explicação;
Nossa face estará serena;
Nossos corações plenos e felizes...
Em fim; juntos; estaremos... Eu, você e a real felicidade....
Lembrei seus lindos olhos;
No teu silêncio; eles confessaram as respostas ansiadas pelo meu coração.
Estava atordoado; surpreso; perplexamente feliz...
O sentimento altruísta de paz e bem-estar tornara-se constante; evidente.
A expectativa do amanhã; a ânsia pelo hoje e a esperança do futuro sonhado;
Ali; naquele instante se fez.
Em tuas mãos, senti o calor pelo que não tinhas.
Tudo perfeito e tão insano;
Desencontros; desilusões e decepções.
Raiva daqueles que a fazem chorar.
Do pragmatismo em que encarcerastes tua vida;
Do medo dos sonhos; preferindo a sentença pré-anunciada;
À luta pelo sorriso espontâneo; doçura e simplicidade do amar.
Palavras não são tudo; perdem-se ao vento;
Mas podemos ouvi-las; mudando o caminho das águas.
Mas para isso tem-se que querer; ciente de a vida não oferece certezas.
Compreender que podemos ser felizes ao acaso.
Conscientes das limitações de nossas vontades reais.
Estando abertos às vontades que desconhecemos;
Porém em seu reflexo está quem realmente somos.
Nunca é tarde para se permitir uma chance; para se viver essa chance;
Acidentes e delitos acontecem por ação ou omissão;
Assim como nossa felicidade depende do que fazemos ou não.
Em meu silêncio encontrarás saudade.
Em meus braços sentir-se-á aconchegada.
Em meus olhos não te esquecerás da criança presente em ti.
Ela saberá confidenciar sonhos e frustrações com a minha; aqui existente.
Quando não mais restarem palavras;
Nossos lábios terão a explicação;
Nossa face estará serena;
Nossos corações plenos e felizes...
Em fim; juntos; estaremos... Eu, você e a real felicidade....
Rômulo Soares Albuquerque
Na lembrança; No coração!
Estou exatamente lá; Escondido entre seus cabelos;
Deslumbrado com teu cheiro; enfeitiçado por tua nudez.
Perdidos em sonhos cheios de magia e encanto
Ao fechar dos olhos; a cena se repete; tirando meus pés do chão
Estou sob plumas; teu cheiro; teu gosto está em mim
O vento toca minha face como a acariciar-me
Tudo me lembra você; o será que és o tudo?
Não preciso de respostas... Dispenso as perguntas...
Sinto o prazer de está vivo; do pulsar frenético de meu coração;
Não sei onde estou; nem mesmo onde quero chegar;
Mas sei que estás em mim com tudo que despertei em ti
Esse fogo é intenso; a brisa apenas o intensificará
Seremos por ele aquecidos em uma noite onde;
Onde os ponteiros do relógio deixarão de girar
Cada gesto; olhar ou toque deixará sua marca eterna
Marca que faremos questão de exibir
Marca do sorriso; da felicidade e do prazer
Dos sonhos não realizados e da realidade que ali se fez
Como cúmplices, a lua, as estrelas e a brisa silenciará.
Estará para sempre em nós; estaremos para sempre unidos
Terá sido um momento; quiçá o grande momento
Onde a pureza e a perdição perderam definição
O possível não fora uma variante
Mas a realidade plena do ser; existir; acontecer
Os anos passarão; mas o momento imortalizado em nós estará.
Relembrado sempre; sempre que levemente nosso olhar se encontrar.
Voltaremos no tempo; no momento em que existimos
Revivendo cada instante; cada segundo
Sem arrependimentos; sem culpa
E a mesma lua cúmplice de outrora está lá.
Assim como a certeza de que ali fomos plenos.
Por Rômulo Soares Albuquerque
Conflitos e Sorrisos…
Eu preciso de energia;
Eu necessito dessa que emana de ti;
Tão cheia de verdade; repleta de luz e magia.
Não sou o herói que fantasiastes; nem os monstros de tua imaginação.
Sou aquele; ás vezes sonhador; ou aquele descrente em si;
Entre os extremos encontro o meu melhor; o que fascina a ti e;
E me faz tanto mal; esse liame entre o constante e inconstante;
Entre a magia de fazer chover no deserto e simplesmente existir;
Mata-me; mas você finge não saber e a querer mais.
Não sou Deus; tão pouco Lúcifer; Sou pouco além de um menino!
Com medos, lágrimas e carinhos; Preciso de teu colo; será que percebestes?
Necessito tua atenção; Será que acordastes?
Fantasias são maravilhosas; mas não posso manter as suas.
Tentei; juro; mas falhei.
Assim como falhei em milhares de outras coisas; sou vulnerável; sou frágil.
Mas acredito no amanhã; no poder que a luz e escuridão exercem sobre mim
A batalha perdida de hoje; é a guerra vencida do amanhã.
Não me venha com discursos pacifistas ou frases feitas
Ouse; crie as suas; exista; aconteça; só depende de você.
Abro mão de suas expectativas; o mundo não será mudado por mim; não agora!
Nem vencer a sua guerra; Guerra em que insistes em perder.
E ao som da música; mudo meu ritmo.
Não estou a desistir de nada; muito menos de ti.
Mas minhas lágrimas; Minhas lágrimas não são mais para ti; nem para ninguém.
Aquele sorriso despretensioso; aquele olhar longínquo em mim sempre estará.
Engraçado; vejo que o tempo passou; mudei ao espelho; frente à vida.
Mas êxito mudar quem sou... Sou o mesmo; isso a incomoda.
Gosto da irresponsabilidade, do pecado, do proibido;
Você entende, compreende; mas perdida em ciúmes destrutivos;
Tenta miná-lo. Não tenho religião; não creio em santos ou Milagres;
A não ser o milagre da vida; do que posso e faço por mim, por você e pelos que amo.
Não vais desistir; sinto; mas tuas tentativas são; serão em vão.
Sou como Ícaro; você bem sabe. E sei te fazer feliz; sou ciente de quanto isso te provoca.
Acostumada com a razão dos racionais; Entrega-te a emoção de quem desconhece a razão.
Tudo bem; Aceito-a como és; Não vou e não quero mudá-la.
Não sei; não sei onde irei chegar com tudo isso; ou com nada disso.
Mas estarei de pé; encontrando nos monstros interiores e na insegurança de quem sou;
A segurança de que necessito para continuar vivo
Não quero e não vou viver apenas por viver... Não sou assim;
Para ti, infelizmente; nunca serei...
“Quem olha para o Rômulo e vê um rosto bonito; vê tudo; menos quem realmente sou.”
Eu preciso de energia; eu necessito dessa energia que emana de ti
Tão cheia de verdade; repleta de luz e magia.
Não sou o herói que fantasiastes; nem os monstros de tua imaginação.
Sou aquele; ás vezes sonhador; ou aquele descrente em si;
Entre os extremos encontro o meu melhor; o que fascina a ti e;
E me faz tanto mal; esse liame entre o constante e inconstante;
Entre a magia de fazer chover no deserto e simplesmente existir;
Mata-me; mas você finge não saber e a querer mais.
Não sou Deus; tão pouco Lúcifer; Sou pouco além de um menino!
Com medos, lágrimas e carinhos; Preciso de teu colo; será que percebestes?
Necessito tua atenção; Será que acordastes?
Fantasias são maravilhosas; mas não posso manter as suas.
Tentei; juro; mas falhei.
Assim como falhei em milhares de outras coisas; sou vulnerável; sou frágil.
Mas acredito no amanhã; no poder que a luz e escuridão exercem sobre mim
A batalha perdida de hoje; é a guerra vencida do amanhã.
Não me venha com discursos pacifistas ou frases feitas
Ouse; crie as suas; exista; aconteça; só depende de você.
Abro mão de suas expectativas; o mundo não será mudado por mim; não agora!
Nem vencer a sua guerra; Guerra em que insistes em perder.
E ao som da música; mudo meu ritmo.
Não estou a desistir de nada; muito menos de ti.
Mas minhas lágrimas; Minhas lágrimas não são mais para ti; nem para ninguém.
Aquele sorriso despretensioso; aquele olhar longínquo em mim sempre estará.
Engraçado; vejo que o tempo passou; mudei ao espelho; frente à vida.
Mas êxito mudar quem sou... Sou o mesmo; isso a incomoda.
Gosto da irresponsabilidade, do pecado, do proibido;
Você entende, compreende; mas perdida em ciúmes destrutivos;
Tenta miná-lo. Não tenho religião; não creio em santos ou Milagres;
A não ser o milagre da vida; do que posso e faço por mim, por você e pelos que amo.
Não vais desistir; sinto; mas tuas tentativas são; serão em vão.
Sou como Ícaro; você bem sabe. E sei te fazer feliz; sou ciente de quanto isso te provoca.
Acostumada com a razão dos racionais; Entrega-te a emoção de quem desconhece a razão.
Tudo bem; Aceito-a como és; Não vou e não quero mudá-la.
Não sei; não sei onde irei chegar com tudo isso; ou com nada disso.
Mas estarei de pé; encontrando nos monstros interiores e na insegurança de quem sou;
A segurança de que necessito para continuar vivo
Não quero e não vou viver apenas por viver... Não sou assim;
Para ti, infelizmente; nunca serei...
“Quem olha para o Rômulo e vê um rosto bonito; vê tudo; menos quem realmente sou.”
Por Rômulo Soares Albuquerque
HISTÓRIA DE JORNAL?
Eu sei; você não quer pensar nisso
Concordo, não tens culpa! Quem tem?
Tu querias que fosse diferente
Nunca ouvi alguém dizer o contrário
Vais continuar parado, imóvel
Tudo bem, não sabes a direção a seguir
Mas meu estômago continua vazio
Minha mãe está doente
Chora ao ver minha irmã deitando-se por dinheiro
Sei que não tens nada a ver com isso
Não estou a pedir-lhe nada
Quero apenas ser ouvido
Mas meus gritos são ecos perdidos na multidão
Devo procurar emprego, chamam-me de vagabundo
Meu currículo não é dos melhores
Nem tenho um rosto limpo e bonito
Minhas roupas cheiram mal
Meus dentes são estragados
Não, não vou abater-me
Saia por favor de minha cabeça
Porque pensamento de mim não te afasta
Estou com medo, nunca peguei o alheio
Não me olhe desse jeito
Como se fosse mau
Talvez o seja, mas por favor, não me digas mais isso
E porque agora estou a lembrar daquela garota
Talvez por saber que não me quer mais
Eu juro, eu tentei fugir, escapar, não consegui
Chorei de medo, dor e vergonha
Não me sinto mais homem
Nada consegui em minha vida
Agora, já nada tenho a perder
Sei que estás cansado de me ouvir
Estou cansado de falar
Sabes onde me verás e nada podes fazer
Serei somente mais um nas páginas policiais
Um nome perdido que um dia será importante
Para fazer com que compres o jornal
Por Rômulo Soares Albuquerque
Do jeito que sou
Quero teu carinho, atenção
Lembra quando sem jeito ficavas ao encontro de nosso olhar?
Tua timidez deixava-te ruborizada
Fugias, lutavas, tentavas não me querer.
Mas ao fechar os olhos era meu sorriso que encontravas
Fingias, disfarçavas, mas notava
Que quando a fitava, simplesmente mudava
Fazias de mim uma leitura errada
Sempre com teu medo exagerado de sofrer
Não existe vida de certezas, mas certezas durante a vida
Nem tudo é uma equação matemática, com resposta exata
Principalmente se o assunto for o coração
Um mar de sentimentos, de correntes entrelaçadas
Ou a elas entregamo-nos
Ou, felicidade, não passará de palavra inócua
Sou aventureiro, simples, verdadeiro
Não complico buscando a cada instante explicação
Vivo o momento, aproveitando o instante,
Vibrando com o sentimento
Evitando excesso de questionamento
Preocupa-te menos com pessoas ao teu redor
Pessoas frustradas, decepcionadas, quiçá com o amor
Questiona-te menos, ages mais
Choras se preciso for,
Se lágrimas forem o caminho à felicidade
Não tenhas medo do sofrer,
Se para evitá-lo precisar abrir mão do viver
Beije, abrace, te entregues verdadeiramente
Use do carinho, se carinhosa for
Da doçura, se doces for
Da magia do erotismo, se a possuíres de verdade
Sobretudo, seja “VOCÊ”, e jamais disto abras mão
Faças o que quiser por prazer, desejo, querer
Mas nunca vislumbrando agradar tão-somente o outro
Não te violentes, é um caminho sem volta
Tu és linda e apaixonante do jeito que és
Alcançarás teus sonhos
Estarás em paz consigo
Vencerás o medo, estarás feliz
Por Rômulo Soares Albuquerque
Olhando para dentro!
Quem somos?
Quem és?
Enclausurados em prisões sem grades
O medo constante.
A desconfiança inevitável
O que fazer? Deixar de viver?
O que é viver a vida?
Intensidade, emoção e responsabilidade, paz
Mas não ando sabendo de muita coisa.
Não tenho resposta para maioria das perguntas.
Nem quero viver virtualmente
Quero sentir o calor, o gosto e o cheiro de quem amo.
Quero amar. Mergulhar em incertezas, se preciso for.
Não sei quanto a você, mas esse vazio incomoda-me.
O mesmo vazio quando contemplo a tempestade.
O Sol existe para brilhar, assim como eu e você.
É preciso ser forte. É preciso querer verdadeiramente.
Muitos, não compreender-nos-ão.
Mas para quem vivemos.
Quem está ao nosso lado ao deitar.
O vazio avassalador de um mundo que não mais compreendemos
O bom e fabuloso é o vencedor. Destruindo, pisando ou matando.
Prefiro ser um eterno perdedor
Ter minha mente em paz
Sonhar com um novo amanhã
Sonhos são maravilhosos
São objetivos verdadeiros
Devemos neles acreditar
Acreditar que o faremos acontecer.
Mas precisamos sempre saber
Que você precisa de mim
E Eu de você!
Por Rômulo Soares Albuquerque
EU AMO; EU AMO FALAR DE AMOR!
NA LOUCURA DO PRAZER!
Tudo; tudo não é tão diferente do que fora um dia.
Sei disso quando encontro teus olhos
O frio de outrora cedeu lugar a indiferença
Finalmente estou pronto para o amor; para amar.
As lembranças não mais são fantasmas
Existem, não persistem; apagando-se com o tempo.
A busca por culpados é inócua
A página está virada; sigo em frente.
Novamente sou aquele menino, de sorriso largo e carinho no olhar;
Aberto ao novo; sabendo que a vida vale à pena.
Porque todos nós valemos e tudo vai depender;
Da maneira como vejo e interpreto o mundo
Dos sorrisos que faço brotar; das lágrimas a secar.
Eu tenho o poder e fazer acontecer;
Assim como você também o tem;
Bastando para isso verdadeiramente querer
E a batida frenética da música dita o meu ritmo
Sonhos, ilusões, esperança.
Estou confuso; estou feliz.
Cansei de ter a resposta; pior; cansei de sê-la
Quero o imprevisível; a incerteza ao acordar
Com a certeza que estou ao comando da nave
Sim, estou e sou o grande navegador dessa nau
Sigo o coração e ele está acelerado
Sim; é em ti que estou a pensar
Loucura; sei... Nunca falei ser são.
Desculpe pela arrogância; pensar em ti me basta
Pelo menos por enquanto; pelo agora
Não somos muito mais que isso
Estou aprendendo a viver; Começo há compreender o tempo
Aceitá-lo não é fácil; mas possível
A criança de outrora ainda está aqui
Não tenho nenhuma intenção de daqui tirá-la
Assim sigo; no liame entre loucura e realidade
Certo de que um dia, um dia em teus braços;
Mergulhado na loucura e distante do real nos amaremos;
E cada segundo será para sempre;
Cada toque suave em teu corpo ficará no meu
Os sussurros serão o uivo eterno do querer mais
Refletindo em nosso ser a certeza de que valera a pena
Sob as estrelas, a lua, e o universo; existimos
Desafiando preconceitos; ignorando quem pouco lembra que existimos
Nada contra ninguém
Tudo por nós; pelo meu e seu querer
Não busco lógica ou explicação
Menos ainda faço questão da razão, pois;
Sou aquele que age por impulso;
Movido pelo desejo; mergulhado na insensatez do querer
Resignado com o pecado; Sem necessidade do perdão
Verdadeiramente despreocupado com qualquer definição
Com a certeza que o gostoso da vida é o que se sente
Sem nenhuma; sem nenhuma explicação.
Rômulo Soares Albuquerque
INDIFERENÇA DO OLHAR!
Mas eu estava lá!
Tudo parecia estranho e ao mesmo tempo comum
Angústia, medo, verdades, mentiras...
Tudo se perdia em uma mistura de densidades semelhantes
Perguntaram de súbito o que eu tinha visto
Em uma resposta simples e direta, disse: nada demais.
Aquela cena nunca presenciara
Ao menos ao vivo e a cores
Entre, gestos, gritos e gemidos.
Restava um corpo inerte ao chão
E um córrego de sangue.
O autor? Sem rosto, sem nome, sem lembrança.
Aquela cena não sairia da cabeça daquela mãe em desespero
Clamava a Deus; Clamava por justiça.
A conformação viria cedo ou tarde.
Todos esqueceriam... Seria um momento; nada mais.
Para ela o dia em que a Terra acabou
Continuava imóvel, observando a tudo.
Nada demonstrava; nada fazia.
A testemunha estava de olhos fechados
Sem intenção nenhuma de abri-los.
Sim, eu presenciara tudo... Sabia de tudo; mas,
Nem a presença do assassino; horas depois, na capela assustou-me.
Ele chorava junto á mãe e olhava o irmão.
E sorria para mim... Sorria de minha covardia e da inocência dos presentes.
Muita coisa não aconteceria doravante.
Faltava a esposa do morto; a viúva.
Descontrolada perdia-se ente lágrimas e abraços consoladores.
Como fora consolador o abraço do cunhado.
Não necessitava o champanhe; tudo estava perfeito.
Baixei a cabeça e saí...
Notei que alguém mais estava sem vida
Percebi que esse alguém se tornara o prático racional.
O cúmplice perfeito; silencioso.
Aquele que iria salvar o mundo, não mais existia.
Restava apenas aquele que tudo sabia; mas nada fazia.
O monstro que poderia não salvar o mundo;
Mas certamente fazer a coisa certa;
Se feito, ali não estaria agora, agachado ao chão;
Derramando lágrimas; lágrimas sobre o corpo de meu irmão.
Rômulo Soares Albuquerque