domingo, 3 de julho de 2011

Final De Tarde…Por Rômulo Soares Albuquerque

Final De Tarde... Por Rômulo

Soares Albuquerque

aguiadourada

Estou distante, bem distante do que um dia quis para mim.

Coração parado, solidão à vista.

Nunca aprendi a ficar por ficar; nem querer por querer.

Como molhar-se sem se colocar a céu aberto?

O que estou a esperar? Por quem estou a buscar?

Sempre acreditei fazermos nossa História.

Busco o que deixei espalhado pelos caminhos que trilhei...

Sempre no limite, não foi isso que sonhei...

Porque não sou razão? Porque dinheiro, luxo e poder não me fascinam?

O que busco de verdade?

Pergunta que finjo saber a resposta.

Mas será que o amor verdadeiro, puro e sincero verdadeiramente existe?

Em meus olhos vejo tristeza!

Meu sorriso sem graça disfarça a lágrima que não tento segurar.

Sim, sou chorão... Nunca fui herói... Infelizmente...

Você pode dizer que isso passa... – Sim, eu sei que passa...

Vai dizer que estou depressivo... – não, não estou...

Quiçá esteja um pouco mais com os pés no chão...

Subitamente mundos distantes e opostos se encontram...

E à distância prova que os opostos não se atraem...

Mas será realmente que somos opostos?

Porque sempre que mantemos contato, mais nos afastamos?

De quem estou a falar? Em quem estou a pensar?

Sonhos... Mais uma vez neles encontro saídas para superação.

Nesse sonho uma menina esteve presente...

Como quase tudo em mim, de forma irracional, inexplicável e impossível.

Então começa a tocar “I like chopin”...

Sim, música romântica e careta; exatamente como sou.

A batida dela me fascina... Não mais estou sozinho...

Estou beijando-a, sentindo seu cheiro, curtindo seu abraço.

Sim, seus lábios dizem-me palavras de amor...

Nossos beijos mostram e expressam o que palavras jamais...

- Rômulo, hora de acordar... Sim... Já passam das 16h37min PM...

Então sorrindo agradeço a Deus por tudo o que não tenho...

Alguma lógica ou sentido deve haver em nosso existir...

Essa resposta vou busca-la olhando para o mar... Porque não?

Quem sabe suas ondas tragam-na até mim... Talvez não...

                       Rômulo Soares Albuquerque

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