quinta-feira, 12 de novembro de 2009

MEU MELHOR SORRISO! NA PUREZA DO PECADO Por Rômulo Soares Albuquerque

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NA PUREZA DO PECADO

Quando a lembrança é saudade do que não existiu;

Nossos sentimentos mostram incertezas e volubilidades.

Fugindo do vazio; prendemo-nos a tudo; Conseguindo ver lógica no irracional.

Buscamos tudo; menos ver o que se mostra a nossa frente

Reação psicopata à fragilidade do inexistente

E a ele entregamos nossos sonhos e utopias.

Ilusão construída; enaltecida por diamantes lapidados com esmero.

Essa é a minha, a sua; quiçá a busca de todos nós.

Encontrar a pessoa onde sua presença nos baste;

Despertando paz; completude e desejo insano de viver.

Percebemos que construímos mundos, pseudo realidades e; até pessoas.

Pessoas inocentes que; como donos do mundo; delas nos apoderamos

Deixando-nos levar pela pior das paixões; a paixão pelo que não existe.

Mergulhamos então em nostalgias;

Quiçá as coisas sejam mais simples...

O amor; o amor verdadeiro pode está ao lado;

Mas enclausurados em nós mesmos; No egoísmo peculiar de cada ser.

Preferimos as belas construções; os Jardins Suspensos Da Babilônia;

O carinho, a doçura e sensibilidade daquela que nunca existiu fora de si

Aos presentes reais que a vida nos dá a todo instante;

É como se usássemos uma venda constante sob os olhos;

Infinitas vezes só percebemos o que temos;

Quando sutilmente sentimos sua falta...

Começo então minha viagem rumo ao desconhecido;

O coração mais atento; a cabeça; a cabeça em sonhos;

Felicidade refletida nos olhos; de repente tudo ganha vida;

A tristeza parece algo distante; inexistente.

Estou nos extremos; sou eu novamente;

E hoje, hoje vai ser lindo...

Cometeremos o crime fatal dos felizes;

Da entrega sem limites; doados ao pecado da carne; libido e desejo.

Aceitando toda e qualquer condenação;

Melhor; declarando-se culpado; o culpado sem perdão!

Essas noites de amor são imortais...

Como imortal é tudo que fazemos valer a pena;

Vida é síntese do que vivemos e sentimos.

Recuso-me a viver por viver;

A ver o tempo passar e no domingo rogar perdão;

Perdão por uma vida de vazios, explicados pela razão;

Dela já disse; com prazer abro mão;

E quando velho, no fim de tudo conversar com Deus

Lhes agradecerei por tudo; tudo mesmo.

Saúde; trabalho e pelos orgasmos múltiplos vividos;

Ele sorrirá tocando minha face, com a sutileza de Pai.

Sua voz branda e mansa traduzir-se-á em “eu te amo; filho” .

Nessas palavras sentirei de qual filho estará a se orgulhar;

Fizestes o que todo bom pai espera de um filho;

Fostes e fizeste quem contigo estava transcender de felicidade e prazer.

- Afinal filho; eu te dei tudo o que usastes; e soubestes fazer com amor, cuidado e bondade.

Não foras egoísta; priorizaras o prazer de quem contigo compartilhara o momento. Filho, você simplesmente viveu. Tua felicidade fora a minha. E soubestes, menino; sobestes como ninguém ser feliz.

Então; finalmente não mais vi Deus; Consegui ver meu PAI.

Dedicada a Kikinha….

                     Rômulo Soares Albuquerque

3 comentários:

Unknown disse...

Rômulo, você é sensacional, brilhante e parece conhecer tudo de uma mulher. Sorte quem tiver você por um momento. Ganhar na mega-sena acumulada quem tiver você para sempre. É lindo o que escreve, a maneira com que escreve. é extraordinário. Amo, amo ler seus textos. Sei que vc é de Fortaleza, já pensei até em viajar para aí só para conhecer você. Você é cearense? vc é tãolindo, mais tão lindo, que da vontade de nãolargar o pc, te olhando. acho que te amooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

Unknown disse...

enho, de algum tempo para cá lendo e acompanhando tudo que você escreve, Rômulo. Tudo é lindo, maravilhoso e tal; mas acho que ninguém é tão versátil a ponto de expressar-se bem falando de amor, falando da míséria, do estupro, da fome, do pecado etc. Se realmente for vc quem escreve, é um fenômeno; mas infelizmente não acredito neles. Leio o que você escreve buscando encontrar discrepância, falta de lógica entre os textos ou pensamentos por você colocado. Até agora não achei nada relevante; mas tenho uma curiosidade: Nos seus textos, alguns deles você expressa o sentimeto de quem vive aquele personagem na História. Por exemplo, em História De Jornal, você mostra uma realidade fria e dura que a maioria das pessoas preferem não ver. Mas você coloca o que o personagem sente. Há trecho em que se refere ao meu ver a um estupro, que , já preso, a pessoa sofre, não se sentindo nem homem. De onde você tira isso. O que passa na sua cabeça quando escreve coisas assim? E porque pareces gostar tanto do pecado. c com habilidade faz com queiramos pecar. Por favor me responde. parabéns, pelo que você escreve. Muita coisa acredito ser você; mas não tudo.

De Olho Nos gatinhos! disse...

Não podia deixar passar em branco. eese poema foi lindo. q mistura incrivel. vc vai da água ao vinho e a gente nem percebe. sensacional. vc não é gatinho é GATAÇO.