sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

DA VIRGINIDADE AO PRAZER; TEXTO DE RÔMULO SOARES ALBUQUERQUE

original 2

 Quem disser que a virgindade feminina não esconde mistérios e fantasias masculinas estão eivadas (s) de frustrações ou idéias tão pré-concebidas quanto às que julgavam o valor das mulheres pela presença ou não do Hímen (película que caracteriza a virgindade). Sem sombra de dúvida a virgindade pode ser interpretada sob vários aspectos, mas o principal, o da pureza e inocência feminina na vida sexual é inerente à mesma. Através dessa concepção a presença da película acima descrita, em si, simboliza que a garota não teve conjunção carnal, sendo virgem, segundo nosso conceito, se não vivenciara outras práticas sexuais como a felação (sexo oral) ou o sexo anal. Destarte ouso dizer que uma mulher estuprada, violentada, ou que tenha retirado de si o hímen com o nascimento, continua a ser virgem, enquanto muitas que não tiveram a conjunção carnal propriamente dita, não mais o são. O assunto é amplo e controverso. Como na busca da igualdade entre homens e mulheres, um dos caminhos mais afetados fora a vida sexual feminina, essa prefere discriminar o assunto, rotulá-lo ou usar frases feitas, do tipo: “Virgindade é careta”. O objetivo desse não punir, nem muito menos despertar qualquer sentimento de culpa em relação aos atos passados, mas nos abrirmos para uma nova perspectiva de ver e viver a vida. A virgindade ou falta dela não pode nortear o caráter da mulher, a não ser que ela só se considere pura enquanto virgem. Atribuímos o conceito de pureza à forma e o que leva a mulher a relacionar-se sexualmente. A igualdade entre homens e mulheres não pode ser interpretada de forma: “ os homens podem , eu posso”. –Por quê? - Ora é bem simples: o homem não pode. Ele erra ao deitar-se por deitar ou deixar-se levar pela libido insana e inconseqüente. Somos animais, antes de tudo, mas não podemos usar essa assertiva para justificar o injustificável. Para fazer sexo, somos iguais; para assumirmos responsabilidades não. Isso exige da mulher astúcia. A mulher inteligente não ignora o mundo machista ao seu redor e muito menos a dose desse veneno em si. Quão freqüente é visto “feminista” convictas, cheia de orgulho por seu filho ser um “garanhão”; um “papa todas”. O próprio conceito de feminismo está ultrapassado, uma vez que o de machismo sempre o teve. Assumir a existência do “machismo” não é negar a existência de práticas e pensamentos machistas; e muito menos criando práticas feministas iguais, a mulher estará crescendo. O tempo e a análise das relações já mostram ultrapassadas essas denominações e caricaturas feitas sobre o tema. Assim, busquemos o meio termo. A sexualidade é o maior medo da juventude. Conhecê-la, está pronta para ela é conflitante. Milhares de informações antagônicas. Prazer e dor. Ereção e masculinidade. Toda uma concepção herdada geneticamente e do meio em que o indivíduo vive. Quando a sociedade acordar que, quiçá muitos problemas futuros, inclusive o da violência estão intimamente ligado a essa passagem na vida do ser humano, podemos sonhar com uma realidade melhor. E o caminho mais fácil e correto é fornecer as informações corretas, advindas não do preconceito existente nas idéias dos pais, e sim da consciência dos mesmos. Só assim poderemos mudar estatísticas tristes quanto á mãe solteiras, infelicidade, e falta de prazer sexual na mulher que, usada para satisfazer alguém preocupado consigo mesmo e sua masculinidade, acaba retraindo-se e tendo uma concepção deturpada do ato sexual. É quando a teoria e a prática se encontram, e a líder das feministas constata o ferimento deixado pela lágrima por não se sentir amada ou, até me mesmo incapaz de se sentir realizada. Aos homens uma dica: “o machão está ultrapassado” às mulheres: “vocês sabem que com carinho, ternura e verdade é bem mais simples e gostoso sentir prazer”

                             Rômulo Soares Albuquerque

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