O PORTAL
Por Rômulo Soares Albuquerque
Sem respostas continuo a olhar-te
O brilho de teus olhos reflete tua alma inquieta
Cheios de magia, sonhos e a utopia de uma pseudo realidade.
O relógio caminha lentamente; continuo a olhar-te em silêncio
Imagino-me aproximando-me de ti
Acariciando seu rosto rubro; beijando-a suavemente
Tudo tão simples, meigo, puro e verdadeiro
Assim, lembro dos sonhos pueris de outrora
Hoje, esquecidos em um homem maduro
Sabendo que ao seu lado tudo posso encontrar, menos felicidade
Encontros e desencontros entre mundos antagônicos e opostos
Só trar-nos-ia muita decepção
Nada está certo; muito menos errado
Cabe-nos viver aceitando a inexistência de algo verdadeiro e real
Somos intensos, insanos e iguais.
Sem tristezas ou nostalgias aceito as regras do portal
Sem cobranças, sem sonhos, sem finais felizes.
Um dia a cobiça fez-me a cabeça, confesso
Sentir-me desejado, quisto, amado, fora por anos mais que sonho; objetivos
Hoje tudo me é indiferente
A sedução e o magnetismo tornaram-se armas
Usando-as paulatinamente, sempre em autodefesa
Tudo é previsível e monótono
Perdeu a graça ou, quando a hora dessa chegara
Percebi a inexistência de um palhaço em mim
Em meu querer não estão paixões nem desejos,
Muito menos você
Por Rômulo Soares Albuquerque
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