Deixem-no Entrar Por Rômulo soares Albuquerque
Mais uma vez estamos aqui, frente a frente.
É meu pior inimigo; único capaz de me derrotar; mas não dessa vez; não dessa vez e nenhuma vez mais irá triunfar.
Então, firme, forte, enfrento-o... Não me deixo levar por suas dissimulações... Como quem nada quer te aproximas tão vítima, buscando com que me apiede de ti. Dessa vez não terás minha atenção. Passas direto, não ousa fitar-me, meus olhos não fogem dos teus, tu bem sabes, tu bem os teme. Sim, sabe quem sou destarte tenta beneficiar-se de minhas fraquezas, medos, monstros e incertezas. Conhece-me muito bem, mas ousara desafiar-me, e não deixarei com que tua alma gananciosa, puritana, medíocre e covarde dite qualquer ordem. Suas tentações serão por mim ignoradas, pois sei o que queres. Buscas meu querer, o controle de meus atos, substituindo-os pela falta dos mesmos. Mas dessa vez vai ser diferente. Sempre vai ser diferente.
Longe de ti sigo sem para trás olhar. Cabeça erguida, medo sim, mas fraqueza dessa vez não encontrará. Estou pronto. Pronto para viver, sofrer e amar. Quando cair, ralarei os joelhos, engolirei areia, minha visão turva estará, mas seguirei em frente, pois isso é o que difere o verdadeiro vencedor. Não olharei para mim como a vítima da vida, todos têm aventuras, desventuras, frustrações... Mas se se tem a consciência de que tudo que pelo qual nossa vida atravessa tem o propósito inquestionável de nos fazer crescer, conseguimos suportar as pancadas que a vida sempre nos dar; a cada golpe por meu corpo absorvido, por mais que os olhos cheios de lágrimas se encontrem, é com um sorriso, um afago, um beijo verdadeiro cheio de amor que os retribuirei do fundo d’minha alma. Aproximar-me-ei de quem estender a mão pedindo ajuda; E também daquele que por orgulho silenciar. Não esperarei gratidão pelos meus atos, nem de ninguém cobrarei por nenhum bem que julgue ter feito, pois o farei de coração. Não farei somente pelo outro, mas, sobretudo por mim. A felicidade que toca nossos corações, ao agirmos desprovidos de segundas intenções, nos faz crescer, nos faz sorrir e vencer. É esse quem sou; um verdadeiro vencedor.
Aquele menino triste, tímido de outrora jamais existirá, pois alerta, firme, de cabeça erguida sempre estarei. E aquela menina doce que a mim conquistou; Medo, insegurança, não sabe, quiçá não soubesse o que o amor. Sem julgamentos, arrogância, de quem tudo sabe, ou mesmo sequer amou... Hoje talvez a descoberta; que minha vida norteará deixando-me sempre alerta, de que a verdade talvez seja o prisma ao qual vemos a realidade, sempre a nos favorecer, quiçá por sermos covardes, de trazermos a nós mesmos a responsabilidade, da decisão de nosso destino, do caminho a ser seguido sem nenhuma, nenhuma, auto piedade.
Essa é a minha vida; não te iluda da tua vida não é tão distante. As batalhas contextualizam-se, mas a luta eterna eterniza-se. E como eu, ao fim triunfarás se despido de arrogância e pudor seus medos ousar enfrentar, pois é forte e com a bondade poderá fortalecer-se, para nas águas do rio Felicidade banhar-se. E, rir feito criança, deixando de lado todo o mal que te ensinaram a pensar, do mundo onde pelo qual não vale a pena lutar. E, se ao final de uma batalha cansado, desmotivado, estiver, olha, olha para o céu ao deitar... Verá estrela, luas, infinitas mágicas a brilhar. Mas se firme olhar sentirá, a presença de algo maior de teu coração se aproximar. É Deus, teu pai, batendo á porta; vai, deixem-no entrar.
Deixem-no Entrar Por Rômulo soares Albuquerque
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